Hoje presenciei dois atos de extrema gentileza. E ganhei o dia.
quinta-feira, abril 14, 2005
quarta-feira, abril 13, 2005
Eu, com essa mania de assistir várias vezes ao mesmo filmes, fui pela segunda vez ver o Clint Eastwood hoje a tarde. Menina de Ouro me surpeendeu muito, o filme extremamente sensível sem ser apelativo ou axagerado. Enfim, não tenho muito o que dizer, apenas recomendar.
sexta-feira, abril 08, 2005
quinta-feira, abril 07, 2005
Antes tarde do que nunca
Menina de Ouro vai entrar em cartaz amanhã aquí nos nossos cineminhas, estou bastante entusiasmada.
ontem assisti o finalzinho de quatro casamentos e um funeral, e me dei conta de que toda, mas toda vez que eu vejo o Hugh Grant lembro daquele episódio da prostituta. Incrível.
terça-feira, abril 05, 2005
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: ‘A noite está estrelada
e tiritam, azuis, os astros à distância’.
Gira o vento da noite pelo céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a quis e por vezes ela também me quis.
Eu a tive em meus braços em noites como esta.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela me quis e às vezes eu também a queria.
Como não ter amado seus grandes olhos fixos?
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E descer o verso à alma como ao campo do rocio.
Que importa se não pôde o meu amor guardá-la?
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. À distância alguém canta. À distância.
Minha alma se exaspera por havê-la perdido.
Como para cercá-la meu olhar a procura.
Meu coração a busca, ela não está comigo.
A mesma noite faz branquear as mesmas árvores.
Já não somos os mesmos, nós os de outros dias.
Já não a quero, é certo, quanto a quis, no entanto.
Minha voz ia no vento para alcançar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro, os olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento .
Porque em noites como esta eu a tive em meus braços,
minha alma se exaspera por havê-la perdido.
Mesmo sendo esta a última dor que ela me cause
e estes os últimos versos que eu lhe tenha escrito.
Pablo Neruda
Escrever, por exemplo: ‘A noite está estrelada
e tiritam, azuis, os astros à distância’.
Gira o vento da noite pelo céu e canta.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a quis e por vezes ela também me quis.
Eu a tive em meus braços em noites como esta.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.
Ela me quis e às vezes eu também a queria.
Como não ter amado seus grandes olhos fixos?
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.
Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E descer o verso à alma como ao campo do rocio.
Que importa se não pôde o meu amor guardá-la?
A noite está estrelada e ela não está comigo.
Isso é tudo. À distância alguém canta. À distância.
Minha alma se exaspera por havê-la perdido.
Como para cercá-la meu olhar a procura.
Meu coração a busca, ela não está comigo.
A mesma noite faz branquear as mesmas árvores.
Já não somos os mesmos, nós os de outros dias.
Já não a quero, é certo, quanto a quis, no entanto.
Minha voz ia no vento para alcançar-lhe o ouvido.
De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro, os olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento .
Porque em noites como esta eu a tive em meus braços,
minha alma se exaspera por havê-la perdido.
Mesmo sendo esta a última dor que ela me cause
e estes os últimos versos que eu lhe tenha escrito.
Pablo Neruda